Cutelaria: Conheça a arte da criação de lâminas

A cutelaria, arte de confeccionar instrumentos cortantes, é uma das técnicas milenares mais antigas da humanidade. Trata-se de um ofício atribuído a quem produz instrumentos de corte ou perfuração, como facas, canivetes, espadas, machados, punhais, adagas, tesouras, entre outros. Essas e outras lâminas são os produtos criados pelos cuteleiros profissionais, especializados com técnicas variadas e diferentes tecnologias desenvolvidas ao longo de centenas de anos, das mais tradicionais às mais inovadoras, de modo a aperfeiçoar esta arte em seu produto final.

Acompanhando a evolução do mundo, diferentes técnicas de cutelaria foram sendo aprimoradas ao longo dos anos e, atualmente, a cutelaria consegue unir os antigos métodos essenciais desta área, com diversos avanços tecnológicos. Confira mais sobre a origem e o avanço da cutelaria e saiba mais sobre esta arte e técnica tão atuais, que conquistou admiradores e um espaço competitivo de mercado.

Origem da Cutelaria

A descoberta dos metais foi tão significativa para a história e sua evolução, que transformou a maneira dos povos viverem e sobreviverem, através da caça e como forma de defesa, como insumo facilitador da vida cotidiana, para corte de materiais, além de compreender melhor o mundo e sua realidade e possibilidades. Ou seja, a relação do ser humano com as lâminas é muito antiga e complexa. Saiba um pouco mais sobre a origem da cutelaria e seu início, na idade dos metais!

Idade dos Metais

Trata-se do último período da pré-história, que ocorreu logo após a idade da pedra, e é chamada assim por ser marcada pelo uso da pedra lascada na fabricação de armas e ferramentas rudimentares. Porém, com a descoberta da metalurgia, a humanidade passou a usufruir de novas possibilidades e, pelo metal ser um material bem mais maleável e resistente do que a pedra, podia assumir formas e funções bem mais sofisticadas.

E foi através do desenvolvimento de novos e melhores instrumentos e equipamentos que a humanidade conseguiu aperfeiçoar práticas de agricultura e caça e inclusive se estabelecer em sociedades organizadas, em evolução e desenvolvimento constantes.

O Primeiro Metal Descoberto

O cobre foi o primeiro metal descoberto, a cerca de 7.000 anos atrás. Por ser bem mais macio e menos resistente que os demais metais, possibilitou a construção dos primeiros utensílios e armas especializadas. Depois do cobre, o bronze passou a ser mais explorado, sendo mais pesado e resistente, porém, somente com a exploração do ferro (cerca de 2.000 a. C.), que a cutelaria assumiu suas características mais tradicionais, se estendendo até o início da idade moderna.

Para conseguir moldar os metais e transformá-los em ferramentas, as sociedades antigas utilizavam fornalhas em temperaturas altíssimas, com moldes feitos em pedra. Não demorou muito e as primeiras ligas metálicas foram desenvolvidas, destacando-se as que uniam ferro e bronze.

Devido à alta importância das armas nesse período da história, a profissão de cuteleiro ou também chamado de ferreiro, tinha destaque importante na sociedade. E tal ofício foi fundamental para a contribuição ao progresso da história tal como conhecemos hoje, além de algumas lâminas produzidas estarem entre os produtos mais cobiçados da história.

Cutelaria para a Guerra

Além da resistência, os metais podiam ser afiados ao máximo sem perder sua estabilidade, o que favorecia a criação de armas que poderiam ser usadas tanto para a caça quanto para a guerra, como lanças e espadas afiadas, além de escudos e armaduras, também produzidos em metais.

Por isso, dominar e aperfeiçoar ainda mais a cutelaria, passou a significar poder, especialmente junto às grandes civilizações do Mundo Antigo e na Idade Média, quando estes objetos eram utilizados por exércitos numerosos.

O Aço

Atualmente, o aço é a principal matéria-prima para produção de lâminas de artigos de cutelaria, em um resultado da ligação do ferro e do carbono, que permite altíssima durabilidade com grande dureza e afiação. E existem diferentes tipos de aço. Entre eles, os principais são o aço carbono, aços ligas, aços damascos e aços inoxidáveis. Cada um possui uma aplicação especializada para aspectos específicos de cada tipo de lâmina.

Tipos de Cutelaria

A cutelaria moderna representa uma importante técnica de produção e afiação de lâminas. Também é bastante associada como uma arte, com muitas peças refinadas e cobiçadas, seja por seu poder de corte e qualidade técnica, seja pela beleza de suas formas, além de serem itens únicos, personalizados e artesanais. Existem 3 diferentes tipos diferentes de cutelaria:

Cutelaria Artesanal: Praticada especialmente de forma artística e de forma manual, sem auxílio de máquinas;

Cutelaria como Manufatura Artesanal: Realizada de forma sequencial, produzida por diversos artesãos;

Cutelaria Industrial: Produção em larga escala, na qual são aplicadas diferentes técnicas e auxílio de máquinas automatizadas.

Criação da Faca

Datada como o talher mais antigo, a faca foi criada há 1,5 milhões de anos, pelo Homo Erectus. Sua primeira representação era feita de pedra, com finalidade para caça e defesa.

Apreciadores da Cutelaria

A admiração pela origem, simbologia e utilidade da cutelaria vem reunindo diversos entusiastas em grupos de apreciadores e vanguardistas das lâminas, por diferentes motivações. Sejam colecionadores, especialistas, artesãos, pescadores, aventureiros, cozinheiros, churrasqueiros, entre outros, são vários os apreciadores da cutelaria, a seu modo, o que contribuiu para o aperfeiçoamento contínuo desta arte, com diferentes técnicas e processos.

Assim como a cutelaria artesanal, a tradição da produção industrial de facas no Brasil também é bastante significativa e merece atenção em relação à sua qualidade de produção. Conheça a tradição e qualidade das chairas e lâminas produzidas pela Metalúrgica Costa e Fio, no Rio Grande do Sul, fundada em 1996, há 26 anos prezando pela qualidade de seus produtos, que são inspecionados em todas as fases de sua produção, a fim de garantir o melhor desempenho, com resistência e durabilidade.