A faca na cultura gaúcha – Metalúrgica Costa e Fio
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junho 26, 2020

A faca na cultura gaúcha

A faca na cultura gaúcha

Do paleolítico à idade dos metais, a faca acompanha a história da humanidade. E, para os gaúchos, esse instrumento é ainda mais importante. Dificilmente definiríamos a história social desse povo sem a faca. Na luta, no trabalho, nas artes campeiras, na lenda e na superstição, lá está ela.

A necessidade do emprego da faca pelo gaúcho em diferentes atividades, aliada a fatores econômicos e sociais da sua própria formação, faz surgir no comércio rio-grandense variados tipos da peça.

No entanto, em traços gerais, podemos dizer que a faca gaúcha se caracteriza por ter uma lâmina de seção triangular: com um só gume, sendo a parte superior da lâmina conhecida por “lombo” ou “costas”. Apresenta um comprimento em torno de 33 cm e uma largura ao redor de 3,5 cm, tendo em algumas delas, na lâmina, além do “gavião” normal, orifícios, ranhuras, entalhes que se relacionam no trabalho do gaúcho.

Os cabos são chatos ou meio oitavados (estão presos ao “espigão”). Podem ser de madeira ou chifre. Ou ainda mais delicados, de metal, de prata e ouro, cujas bainhas apresentam desenhos e modernamente cenas ou motivos regionais. A bainha de couro, metal ou ainda de chifre. A primeira é usada principalmente nos trabalhos campeiros, feitas de couro cru ou sola, muitas vezes bordada com finos tentos. Quando de prata ou níquel, pode ser lavrada, cinzelada ou bordada a ouro, com motivos diversos, acompanhando os desenhos do cabo da faca.

Numa bainha destacamos a “ponteira e o bocal”, com reforços no início e no fim da peça (às vezes, “anel” no meio): a “espera” ou “orelha” responsável por sua fixação na guaiaca. Ampliando a própria bainha, encontramos a chaira, assentador da faca, constituído por uma peça de aço cilíndrica de comprimento médio de 30 cm munido de cabo, onde se assenta o fio da lâmina.

Como usar?

O modo de usar a faca gaúcha varia entre as regiões:

  • À altura das cadeiras, em posição enviezada, com a parte correspondente ao fio virada para cima, aproveitando para pendurar seu relho no cabo. Esse costume é habitual no campeiro fronteiriça.
  • Do lado do corpo (geralmente do esquerdo) com o fio virado para baixo e o cabo inclinado para frente, segura à cinta ou guaiaca, pela bainha. Pode, no entanto, ficar segura a uma espécie de espera de couro, com alça independente por onde passa o cinto ou a guaiaca, ficando a faca pendurada, aparecendo junto à perna pelo lado externo. Esse costume é comum entre gaúchos dos “Campos de Cima da Serra”.

 

Para quem gosta de cutelaria, a Costa e Fio é, sem dúvida, uma referência. Seus produtos estão no mercado há mais de duas décadas. As facas são produzidas em aço inox, com possibilidade de cabos em osso, madeira ou chifre. Seus mais de 26 modelos fixos de chairas são confeccionados em aço carbono e lâminas endurecidas por meio de tratamento térmico indutivo, imantadas e revestidas em cromo duro, proporcionando uso prolongado. As chairas podem receber cabos em madeira de lei envernizada, guarnecidos com protetor de mão em aço inox, ou cabos plásticos em polipropileno asséptico e esterilizável, resistentes a temperaturas de até 130°C.

Fonte: Página do Gaúcho